quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Breve história da Geórgia

Entre os séculos XVI e XVIII, a Geórgia foi cenário de lutas entre o Irão e a Turquia para o domínio da Transcaucasia (actuais Geórgia, Arménia e Azerbeijão).

Em 21 de Dezembro de 1782, o Rei georgiano Irakli II pediu à Imperatriz Russa Catarina a Grande protecção estabelecendo um protectorado sobre a Geórgia.

Em Julho de 1783, Geórgia e Rússia firmaram na fortaleza de Gueorguievsk um tratado segundo a qual Irakli II reconhecia o poder da Rússia.

A 24 de Janeiro o tratado entrou em vigor. O documento teve o nome de “tratado de Gueorguievsk”.


As cláusulas fundamentais do contrato eram:
- A Rússia comprometia-se a defender a Geórgia em caso de guerra e o Rei Irakli II a manter relações de paz com o rei Solomón de Geórgia Ocidental (actual Geórgia). Em caso de litígio, o imperador russo actuaria como mediador. A Rússia comprometia-se a manter na Geórgia dois batalhões de infantaria para reforçar a defesa e em caso de guerra devia prestar ajuda adicional.

Em 1801, o imperador russo Alejandro I decretou a abolição do reino ocidental georgiano de Kartli-Kajetia e inclui a Geórgia Oriental no império russo. O reino da Geórgia Oriental foi declarado “província georgiana”.

Em 1810, o reino de Imeretia (Geórgia Ocidental) também passou a fazer parte do Império Russo.

O Império russo promove a ida de colonos russos para todas as cidades georgianos, o que explica a força que tiveram os movimentos revolucionário nesta região, com o surgimento de grupos nacionalistas, populistas e sociais-democratas marxistas. Aqui iniciou a sua carreira politica Iosif Dzhugashvili, mais conhecido pelo pseudónimo de Stalin. Os georgianos desempenharam um importante papel na revolução de 1905 que abalou o Império russo.

Após o triunfo da revolução Bolchevique, o poder na Transcaucasia ficou nas mãos dos Mencheviques. Em Abril de 1918, em Tiflis (Tbilisi), o governo unificado da Transcaucasia anunciou a sua separação da Rússia Soviética. Em 26 de Maio de 1918 a Geórgia proclamou a sua independência que Moscovo reconhece dois anos depois.

Entre 1918 e 1920 entraram na Geórgia tropas alemãs, turcas e inglesas que procuravam derrubar o regime socialista na Rússia.

Em Fevereiro de 1921, o exército vermelho ocupou o território e estabeleceu o poder soviético.
Em 25 de Fevereiro foi proclamada a Republica Socialista da Geórgia, com a Republica Autónoma da Abkasia formando parte desta. A Turquia cedeu Batumi e a parte norte da Adzharia, que foi integrada como Republica autónoma.

Em Março de 1922, Geórgia, Azerbeijão e Arménia formam a federação da Transcaucasia. Um mês depois formou-se a Região Autónoma da Ossétia do Sul, como parte da Geórgia.

Em 5 de Dezembro de 1936 dissolveu-se a Federação da Transcaucasia e a Geórgia passou a integrar as 15 Repúblicas da União Soviética

Em 1972 Eduard Shevardnadze fica à frente do Governo e do Partido comunista da Geórgia.

Em 1985 Shevardnadze é designado Ministro da relações Exteriores da URSS, no governo de Gorbachov.

Em 28 de Outubro de 1990 há eleições para o Soviete da RSS da Geórgia, tendo obtido a vitória o bloco de partidos “Geórgia Livre”. Gamsacurdia, um opositor político do regime soviético, tornou-se líder desse bloco. A RSS da Geórgia muda de nome para República da Geórgia.

A região Autónoma da Ossétia do Sul proclama-se República. O Soviete da Geórgia anula essa decisão, decreta o estado de emergência e organiza o bloqueio da região. Iniciam-se os confrontos entre a Ossétia e tropas georgianas.

Em Abril de 1991 a Geórgia declara a independência. A 27 de Maio Gamsacurdia é eleito presidente.

Depois de sucessivas manifestações, a 6 de Janeiro de 1992 soldados sob o comando de Kitovani assaltam a sede do governo e tomam o poder. No final de Janeiro falha uma tentativa para pôr fim ao conflito na Ossétia.

Em Março de 1992 Eduard Shevardnadze regressa ao país para assumir a presidência. A 28 de Junho é assinado um cessar-fogo na Ossétia do Sul, supervisionado por militares russos, georgianos e ossetinos

As autoridades da Abkasia, com capital em Sujumi, adoptam uma decisão que limita a jurisdição do governo central da Geórgia. Em 14 de Agosto as tropas governamentais entram na Abkasia e ocupam Sukhumi. As autoridades locais refugiam-se na cidade de Gudauta que se converte em foco de resistência.

No princípio de 1993 a força aérea russa bombardeia as tropas da Geórgia na Abkasia. Em 28 de Junho entra em vigor um armistício, mediado pela Rússia.

Em Novembro de 1993 partidários do ex-presidente Gamsacurdia lançam uma ampla ofensiva, mas foram derrotados graças à intervenção das tropas russas, nesse mesmo mês a Geórgia ingressa na CEI (Comunidade de Estados Independentes).

No começo de 1994 morre Gamsacurdia que segundo a versão oficial se suicidou. Em Fevereiro a Geórgia assina um tratado de amizade com a Rússia e em Abril é assinado em Moscovo um tratado de paz com os rebeldes Abkazes.

Entre 20 e 23 de Novembro de 2003 dá-se a chamada “Revolução das Rosas” que retira Shevardnaze do poder e acaba por conduzir Mikheil Saakashvili à presidência da Geórgia em 2004. A partir dessa data, o governo georgiano inicia uma linha de afastamento da Rússia e de aproximação aos EUA e à NATO, ao mesmo tempo que cresce a pressão sobre as regiões separatistas no sentido de acabar com as autonomias.

Durante o ano de 2008 registam-se confrontos esporádicos entre forças das regiões secessionistas e georgianas, acabando o exército da Geórgia por ocupar a Tskinvali, capital da Ossétia do Sul no dia 8 de Agosto, levando à intervenção do exército russo em defesa dos ossetas
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O maior pecado de Mugabe

Nas últimas Conferências da OIT, a situação do Zimbábue tem sido um dos pontos de acirrada discussão na Comissão de Normas. O Vermelho reproduz aqui os principais trechos do artigo do economista William Engdahl*, editor e colaborador do site canadense Global Research, traduzido por Maria Pimentel, da Secretaria de Relações Internacionais da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), que tem sistematicamente solidarizado com a luta deste valoroso povo africano, que com heroísmo defende sua soberania e suas riquezas.

Robert Mugabe, o Presidente do Zimbábue, preside um dos tesouros minerais mais ricos do mundo, a região do Great Dyke, com uma faixa geológica que atravessa todo o território do nordeste ao sudoeste. O motivo real da piedosa preocupação da Administração Bush durante estes últimos anos pela situação dos direitos humanos no Zimbábue não se deve à suposta fraude na eleição de Mugabe ou às expropriações realizadas nas fazendas dos colonos brancos. O que parece ser seu pecado tem mais a ver com suas tentativas de escapar da dependência e do servilismo neocolonial anglo-estadunidense e buscar um desenvolvimento econômico nacional independente do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Seu pecado autêntico parece ser o fato de que tem se voltado para uma nação que oferece créditos governamentais e empréstimos brandos sem condicionamentos, para o desenvolvimento econômico: a República Popular de China.

O Presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, é um homem muito, muito mau. Isso é o que todos deduzimos quando lemos os jornais ou escutamos os pronunciamentos de George W. Bush, do anterior Primeiro Ministro britânico Tony Blair e, mais recentemente, de Gordon Brown. Acusam-lhe de ser um ditador; de que expropriou, freqüentemente com violência, as fazendas dos brancos como parte de uma reforma agrária; proclamam também que forçou sua reeleição mediante o voto fraudulento e a violência, e que tem arruinado a economia do Zimbábue.

Porém, se Robert Mugabe merece estar na lista de honra de "vilões" de Washington junto com Fidel Castro, Saddam Hussein, Milosevic, Ahmadinejad e Adolfo Hitler, não é essa a razão pela qual Washington e Londres têm feito da mudança de regime no Zimbábue a prioridade número um de sua política para a África.

O legado de Cecil Rhodes

Zimbábue é o nome do que se chamou Rodésia durante a era do imperialismo britânico de um século atrás. O nome de Rodésia provinha do estrategista imperial britânico e mineiro Cecil Rhodes, fundador das bolsas Rhodes para Oxford, e autor de um plano para que a Rainha de Inglaterra exercesse seu controle privadamente sobre uma imensa zona africana que iria desde Egito à África do Sul. Cecil Rhodes criou a Companhia Britânica de Sul-áfrica, seguindo o modelo da Companhia das Índias Orientais, junto com o seu sócio, L. Starr Jameson, da Jameson Raid, de tão infausta lembrança, para explorar as riquezas minerais de Rodésia. Controlava o que se denominou depois de Rodésia do Norte (Zâmbia) e Rodésia do Sul - Nyasaland. O modelo implicava que o governo britânico assumiria todos os riscos para defender militarmente o saqueio de Rhodes, enquanto este e seus banqueiros londrinos, sobre tudo Lord Rothschild, que era um sócio muito chegado, levariam todos os lucros do negócio.

Rhodes, um experimentado geólogo, sabia bem que havia uma falha geológica notável que ia desde a desembocadura do Nilo, no Golfo de Suez, em direção ao sul a través do Sudão, Uganda, Tanzânia, do que hoje se chama Zimbábue, até chegar à África do Sul. Rhodes tinha instigado já várias guerras para conseguir o controle dos diamantes de Kimberley e o ouro de Witwatersrand na África do Sul. E havia descoberto esse fenômeno geológico na década de 1880, junto com exploradores de empresas alemãs. E o chamaram de Valle de Great Rift.

Rodésia, do mesmo jeito que a África do Sul depois das sangrentas guerras Boer, foi ocupada por colonos brancos para assegurar os futuros lucros minerais para os interesses aliados da City de Londres, principalmente os da poderosa família Oppenheimer e suas empresas de ouro e diamantes na região.

Em 1962, quando a África viveu o impulso pela libertação nacional do domínio colonial - uma onda calculadamente apoiada pela "potência não colonial" de Washington - Rodésia foi um dos últimos bastiões, junto com a antiga colônia britânica da África do Sul, de domínio do Apartheid branco. Os brancos na Rodésia constituíam só 1-2% da população total, por isso seus métodos para se manter no poder eram absolutamente desapiedados.

O Primeiro Ministro da supremacia branca, Ian Smith, preferiu declarar em 1965 a independência de Rodésia em relação à Grã Bretanha antes que chegar ao mais leve compromisso para compartilhar o poder com os nacionalistas negros. Grã Bretanha conseguiu sanções comerciais das Nações Unidas para forçar a Smith a dobrar os joelhos. Apesar das sanções, Smith teve um considerável apoio por parte dos interesses comerciais conservadores em Londres. O britânico Tony Rowland, chefe do conglomerado mineiro Lonrho, se assegurou o grosso de seus benefícios africanos das minas de cobre de Rodésia e das empresas sob o regime de Smith. A City de Londres sabia muito bem das riquezas que guardava Rodésia. A questão era como assegurar um controle duradouro. Os patrocinadores de Smith na Rodésia tinham pouco interesse em entregar tudo a Londres.

Em 1980, após uma longa e sangrenta luta, o dirigente da Coalizão da Frente Popular Africana Negra, Robert Mugabe, venceu de forma esmagadora as eleições como Primeiro Ministro de um novo Zimbábue. Vinte e oito anos depois, o mesmo Robert Mugabe está sendo cada vez mais atacado por Ocidente, especialmente pelo antigo amo colonial do Zimbábue, a Inglaterra, incluindo fortes sanções econômicas desenhadas para levar o país à beira do colapso e para obrigá-lo a abrir a economia ao investimento estrangeiro (leia-se anglo-estadunidense e aliados). Ironicamente, a questão não parece muito distinta daquela da era de Ian Smith: o controle dos recursos por parte de Londres e EUA e os esforços do Zimbábue para resistir a esse controle.

O great dyke

No Zimbábue, uma parte do rico Great Rift é o chamado Great Dyke, uma zona intrusiva** que é um tesouro geológico que se estende ao longo de 530 quilômetros desde o nordeste ao sudoeste do país, e que em alguns lugares tem até 12 quilômetros de largura. Um rio corre ao longo da falha e a região é vulcanicamente ativa. Ali jazem também imensos depósitos de cromo, cobre, platina e outros metais.

O Departamento de Estado dos EUA, assim como Londres, é consciente dos imensos minerais e outras riquezas do Zimbábue. Num recente informe sobre o país se afirma:

"O Zimbábue conta com ricos recursos minerais. As exportações de ouro, asbestos, cromo, carvão, platina, níquel e cobre poderiam levar um dia a uma recuperação econômica… O país está ricamente dotado de uma bolsa de gás metano que está ainda por esplorar.

Com atrativos internacionais como as Cataratas Vitória, as ruínas de pedra do Grande Zimbábue, o Lago Kariba, e uma imensa vida selvagem, o turismo tem sido historicamente um segmento importante da economia e tem contribuído para a entrada de divisas. Porém, o setor se contraiu de forma aguda desde 1999, devido à imagem internacional de decadência do país" (sic).

Recursos energéticos

"Com um considerável potêncial de energia hidroelétrica e abundantes depósitos de carvão para centrais de energia térmica, o Zimbábue depende menos do petróleo como fonte energética que a maioria de outros países de semelhante industrialização, mas ainda importa dos países vizinhos 40% da energia elétrica que necessita, sobre tudo de Moçambique. Só cerca de 15% do consumo energético total do Zimbábue se resolve a través do petróleo que é em sua totalidade importado – Importa cerca de 1,2 bilhões de litros de petróleo ao ano. O Zimbábue tem também importantes reservas de carvão que é utilizada para gerar energia e, os depósitos de bolsas de metano recentemente descobertos na província de Matabeleland são os maiores campos de gás até agora conhecidos no Sudeste da África. Em anos recentes, a deficiente administração econômica e as escassas reservas de divisas tem provocado sérias carências de combustível".

Em resumo, cromo, cobre, ouro, platina, um imenso potêncial de energia hidroelétrica e imensas reservas de carvão é o que está em jogo no Zimbábue para Washington e Londres. O país tem também reservas de urânio ainda não quantificadas - mineral de grande demanda, atualmente, na produção de energia nuclear.

Ultimamente ficou muito claro que enquanto o tenaz Mugabe controle as coisas, os sócios comerciais preferidos do Zimbábue não são os anglo-estadunidenses, mas os chineses. Esse parece ser o pecado maior de Mugabe. Não está seguindo o programa traçado por George W. Bush e seus amigos. Seu pecado real parece ser o de ter se voltado para o Oriente, em vez do Ocidente, em busca de ajuda econômica e para investimentos.

Durante a Guerra Fria, a China reconheceu e apoiou Robert Mugabe. Em anos recentes, ao mesmo tempo em que a busca da China por matérias primas seguras fez com que sua diplomacia se intensificasse, as relações entre ambos países foram se fortalecendo cada vez mais. Segundo os meios de comunicação chineses, a China tem investido no Zimbábue mais que em qualquer outra nação.

Retrocedendo à julho de 2005, enquanto Tony Blair apertava ainda mais as sanções contra o Zimbábue, Mugabe foi a Pequim para se reunir com os altos dirigentes chineses, onde, segundo se informou, solicitou um empréstimo de emergência pelo valor de 1 bilhão de dólares e pediu que se incrementasse a participação chinesa na economia.

Essa colaboração começou rapidamente a dar frutos. Em junho de 2006, empresas de propriedade estatal do Zimbábue assinaram uma série de acordos nos campos da energia, mineração e agricultura com empresas chinesas pelo valor de bilhões de dólares. O maior acordo foi assinado com a China Machine-Building International Corporation, com um contrato pelo valor de 1,3 bilhões de dólares em minas de carvão e geradores de energia térmica no Zimbábue, com a finalidade de reduzir as carências elétricas do país. A companhia chinesa já tem construído centrais térmicas na Nigéria e no Sudão e tem participado em projetos minerais no Gabão.

Em 2007, o governo chinês doou maquinaria agrícola ao Zimbábue pelo valor de 25 milhões de dólares, incluindo 424 tratores e 50 caminhões, como parte de um empréstimo de 58 milhões de dólares ao governo do Zimbábue. A administração de Mugabe tinha anteriormente expropriado as fazendas de propriedade branca e entregado aos negros, sendo o maquinário danificado durante o processo. Em troca do equipamento e dos empréstimos, o governo do Zimbábue enviará 30 milhões de quilogramas de tabaco para a República Popular de China.

Os acordos entre o Zimbábue e a China incluíam um entre a Zimbábue Mining Development e a China's Star Communications, para formar uma empresa mista no setor da mineração de cromo, financiada pelo Banco de Desenvolvimento da China. O Zimbábue também acertou importar equipamento agrícola, para construir estradas e para regado, da China National Construction e da Agricultural Machinery Import and Export Corporation e do China Poly Group. O Zimbábue também importa da China equipamento para tele-comunicações, hardware militar e muitos outros aspectos importantes que já não pode importar do Ocidente devido às sanções auspiciadas pelos britânicos.

Em abril de 2007, o presidente da alta instituição de assessoria política da China, Jia Qinglin, diretor do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política Popular da China, voou a Harare para se reunir com Mugabe. Seguiu-se a essa reunião a Cúpula de Cooperação China-África em Pequim em 2006, na qual o governo chinês convidou os presidentes de mais de quarenta estados africanos para discutir suas relações.

A mineração gera a metade dos recursos por exportações do Zimbábue. É o único sector do país que ainda tem investimentos estrangeiros depois do colapso do importante setor agrícola. As companhias ocidentais com concessões mineiras no Zimbábue não as estão explorando.

Em dezembro de 2007, a empresa chinesa Sinosteel Corporation, adquiriu uma participação de 67% dos Holdings Zimasco, o principal produtor e exportador de ferro-cromo do Zimbábue. Os Holdings Zimasco são o quinto maior produtor de ferro-cromo carburado do mundo e estão produzindo 210.000 toneladas de ferro-cromo com alto conteúdo em carvão por ano, quase todo ele obtido do Great Dyke, até representar 4% da produção global de ferro-cromo.

Zimasco tem também as segundas maiores reservas de cromo do mundo, depois da África do Sul. Foi anteriormente propriedade da Union Carbide Corporation, e agora é parte da Dow Chemicals Corp.

Controlar o avanço econômico da China é uma prioridade estratégica não declarada da política militar e exterior dos Estados Unidos e desde antes de 11 de Setembro de 2001. Mas a batalha pelas matérias primas está no coração da luta, e, segundo se relata, é a razão real da recente decisão de Washington de formar no Pentágono um Comando separado para África.

A China se nega a seguir as normas do jogo neocolonial anglo-estadunidense. Não busca a aprovação do FMI ou do Banco Mundial antes de negociar com os países africanos.

As riquezas minerais têm colocado uma vez mais a África no centro do cenário da batalha entre Oriente e Ocidente. Porém, nesta ocasião e à diferença da era da Guerra Fria, Pequim joga com melhores cartas e Washington vai atrás, bem de longe.

* F. William Engdahl é autor de "A Century of War: Anglo-American Oil Politics and the New World Order (Pluto Press), e "Seed of Destruction: The Hidden Agenda of Genetic Manipulation (
www.globalresearch.ca). Pode-se entrar em contato com ele em sua página de Internet: www.engdahl.oilgeopolitics.net.

**Zona intrusiva - zona de riquezas minerais consolidadas em partes profundas.

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